domingo, 30 de abril de 2017

Entrevista



Foi um pouco complicado achar alguém com quem eu quisesse fazer entrevista, mas ontem acabei indo viajar para o interior e encontrei um tio meu de quem gosto muito e aproveitei a oportunidade. O entrevistado foi Antônio Júlio da Silva (74 anos) e perguntei sobre sua formação na escola, como era na sua época, se ainda lia alguma coisa, se gostava da tecnologia, se usava alguma, se achava bom ou ruim todo mundo ter celular hoje em dia e se ele achava que isso ajudava ou atrapalhava os jovens de hoje.  

Seu Antônio disse que frequentou a escola até a quarta série, pois teve que ir trabalhar cedo em um supermercado, mas depois que o estabelecimento faliu ele teve a ideia de abrir um passaporte na cidade em que morava, sempre se deu muito bem com números. Disse que os professores eram muito gidos e  tinham até palmatória e nenhum aluno ousava responder ou desafiar o professor. Essa era a psicologia da época, e atualmente, apesar de dizer que não concorda com as práticas antigas afirma que não havia tantos bandidos quanto hoje. 

Ao ser questionado se lia alguma coisa diariamente disse que, por ser criado numa família muita religiosa, adquiriu o hábito de sempre ler a bíblia, que aprender com seu pai. Já foi coroinha, auxiliava o padre na missa e cantou no coral da igreja. 

Em suas palavras, disse que é "um matuto que gosta do "Zap"  mas o Facebook é difícil" manda vídeos de piadas e brincadeiras para todos seus amigos e familiares. Comentou que seus netos o ajudam, principalmente os menores, a descobrir as coisas do celular e passa o dia rindo com as mensagens. 

Para seu Antônio ter celular é muito bom porque a comunicação ficou mais fácil já que antes tinha que mandar telegrama. Quando ia viajar para São Paulo para a casa de seus irmãos mandava um telegrama que demorava  muito para chegar, nem lembro quanto tempo, disse ele. 



             Hoje com a internet temos acesso rápido a qualquer informação.




Segundo seu Antônio o celular ajuda e atrapalha porque hoje os netos dele não querem saber nem de ler, só de estar no "zap", eles não querem mais calcular nada, pois tudo é no celular. 
Ao dizer que a entrevista já tinha acabado ele me perguntou se podia fazer uma piada e me contou a do gato : 

"Um homem tinha um gato e não gostava dele, então resolver levar o gato pra bem longe, saiu um dia e levou o gato, só que o gato voltou. Levou outro dia pra mais longe ainda e o gato voltou de novo. Aí ele resolveu levar pra um lugar muito longe, mas acabou se perdendo na volta pra casa e depois de muito procurar o caminho de casa achou um orelhão e ligou pra mulher pegando pelo gato. Ela "já faz dois dias que ele 
chegou". 



Nenhum comentário:

Postar um comentário